Catalunha causam controvérsia
O partido catalanista Esquerrra Republicana acusou o PSOE de cumplicidade com a ameaça, emitida por militares espanhóis, de invadir a Catalunha para impedir a proclamação da independência. Segundo a Esquerra Republicana, uma eurodeputada socialista que denunciou essas ameaças foi obrigada pelo partido a renunciar ao cargo de secretária-geral da bancada.
Maria Badia, eurodeputada catalã, fora um dos quatro signatários, todos socialistas, de uma carta à vice-presidente da União Europeia, Viviane Reiding, denunciando ameaças de intervencionismo militar espanhol contra a Catalunha, em resposta à pressão que aí se faz sentir a favor da independência. Badia acabara por demitir-se de secretária-geral da delegação socialista espanhola no Parlamento Europeu, embora sem renunciar ao mandato, explicando que queria poupar essa delegação ao "impacto" que teve a carta.O partido catalão independentista Esquerra Republicana interveio então no caso, através do seu dirigente Oriol Junqueras, que acusou o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) de ter pressionado Badia para que se demitisse. Ao fazê-lo, acrescentou Junqueras, o PSOE tornou-se conivente com as ameaças de intervencionismo militar contra a Catalunha.
O dirigente da Esquerra lembrou além disso, segundo citação do diário El Pais, que "em 1931 o PSOE cotribuiu para aprovar uma constituição que no seu artigo sexto dizia que o Estado espanhol 'renunciava ao uso da guerra como instrumento de política nacional'. Passaram muitas décadas, o mundo modernizou-se e a Espanha não. E a prova disso é que o PSOE obriga a demitir-se uma deputada que se queixa de haver militares espanhóis a pedirem a invasão militar da Catalunha". E concluiu: "Em 1931 os socialistas recusavam usar a força millitar como instrumento de política nacional. Em 2012 são partidários de fazê-lo".
Por seu lado, Marici Lucena, dirigente do Partido Socialista Catalão (PSC), em que também milita Badia, demarcou-se da interpretação de Junqueras, declarando o seu apoio pessoal a Badia, mas acrescentando que "obviamente o PSOEm em caso algum apoiaria o uso da força contra a Catalunha. Acho irritante ter de responder a esta barbaridade".
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