Cientistas na maior conferência científica do mundo afirmam: golfinhos são PESSOAS!
Foto: Jan Ploeg
Essa pode ser considerada a boa notícia do ano, ou melhor da década, quem sabe do século!
Já fazem mais de dez anos que venho afirmando isso. Viajei e morei no
lindo e rico país do México justamente para conviver e trabalhar
diariamente com os golfinhos. Lá constatei pessoalmente muitas das
coisas que falam sobre eles, reconhecendo em primeira mão que os
golfinhos são gente como a gente.
Porém ao voltar do México, ainda cursando a faculdade de psicologia
aqui no Brasil, procurei aliar o meu curso com o estudo dos golfinhos e
qual não foi a minha surpresa ao perceber que a maioria dos professores e
até a diretora do curso se mostraram não só céticos quanto as minhas
experiências, como também irônicos (o que certamente não é uma postura
científica!) não me apoiando de maneira alguma. E quanto a professora de
neuroanatomia na época que deveria estar melhor informada quanto a
isso, ela chegou a debochar de mim. Lembro que ela se considerava muito
inteligente…mas infelizmente não foi inteligente a ponto de buscar
pesquisar sobre o assunto antes de desistimular um aluno em suas idéias.
Foto: Luiz Felipe Zanette
Mas a paixão e o amor que desenvolvi pelos golfinhos foi o que me deu
forças para colocar de lado aquele curso a fim de me dedicar
exclusivamente a mostrar as pessoas que os golfinhos são gente como a
gente, que eles pensam, sentem e raciocinam igual ou quem sabe melhor do
que nós homo sapiens.
Todo esse trabalho resultou em um livro sobre os golfinhos que será finalmente publicado este ano. Fiquem de olho!
Depois de todo este tempo e esforço, hoje me sinto realizado ao saber
que os maiores especialistas em golfinhos, na maior conferência
científica do mundo não só falam aquilo que digo há anos, como também já
lutam para assegurar direitos aos cetáceos. Principalmente o direito à
liberdade e à vida!
Essa notícia e principalmente essa cosncientização que virá nos
próximos anos trará uma transformação radical na maneira como a nossa
espécie vê e se relaciona com o planeta e com a vida como um todo.
Certamente temos muito a aprender com os golfinhos.
Segue notícia abaixo:
Imagem: Internet
Cientistas sugerem que estes seres são tão brilhantes que devem ser tratados como “pessoas não humanas“.
Estudos sobre o comportamente dos golfinhos relevaram a similitude de
suas comunicações à dos seres humanos, ultrapassando à dos chimpanzés.
Isto foi respaldado por pesquisas anatômicas que
mostram que os cérebros dos golfinhos têm muitas características chaves
associadas com uma alta inteligência.
Os pesquisadores sustentam que seus estudos demonstram que é
moralmente inaceitável manter estes animais inteligentes em parques de
atrações, matá-los para comer, ou que estes tenham que morrer por
acidentes de pesca. Cerca de 300 mil baleias, golfinhos e botos morrem
desta maneira a cada ano.
Imagem: Internet
- “Muitos dos cérebros dos golfinhos são maiores que o nosso e o
segundo em massa -após o cérebro humano- ao ser correlacionados com o
tamanho do corpo”, disse Lori Marinho, uma zoóloga da Universidade
de Emory em Atlanta, Georgia, que utilizou imagens por ressonância
magnética para traçar o cérebro das espécies de golfinhos e compará-los
com o dos primatas. “A neuroanatomia sugere uma continuidade
psicológica entre os seres humanos e os golfinhos, o qual tem profundos
envolvimentos na ética das interações dos humanos com os golfinhos”, acrescentou.
Os estudos mostram como os golfinhos têm personalidades diferentes, um forte senso de si mesmos e podem pensar no futuro.
Também ficou claro que são animais “culturais”, o que significa que
novos tipos de comportamentos podem ser rapidamente aprendidos por um
golfinho de outro. Em um estudo, Diana Reiss, professora de psicologia
no Hunter College, de Nova York, demonstrou que os golfinhos comuns
podem se reconhecer em um espelho e inclusive utilizá-lo para
inspecionar as diversas partes de seu corpo, uma habilidade que se cria
limitada aos seres humanos e aos grandes símios. Em outro estudo,
descobriram que os animais em cativeiro também têm a capacidade de
aprender uma linguagem rudimentar baseada em símbolos.
Imagem: Internet
Outras pesquisas mostraram que os golfinhos que vivem em cativeiro
podem resolver problemas difíceis, enquanto os golfinhos que vivem em
estado silvestre cooperam em formas que implicam estruturas sociais
complexas e um alto nível de sofisticação emocional. Em um caso recente,
ensinaram a um golfinho resgatado de seu habitat a “caminhar sobre o
rabo” enquanto recuperava-se de uma lesão durante três semanas em um
parque aquático na Austrália. Após ser liberado, os cientistas
surpreenderam-se ao ver outros golfinhos silvestres fazendo o mesmo.
Obviamente aprenderam com aquele que foi treinado enquanto estava em
cativeiro.
Imagem: Michigan State University
Há muitos exemplos similares, como os golfinhos que vivem na
Austrália ocidental, os quais aprenderam a cobrir seus focinhos com
esponjas para se protegerem na busca de peixes espinhosos que vivem no
fundo do oceano. Estas observações, junto com outras que mostram, por
exemplo, como os golfinhos cooperam com precisão militar em estratégias
para encurralar bancos de peixes que lhes servirão de alimento, estão
propondo diversas interrogações a respeito das estruturas do cérebro dos
golfinhos.
Imagem: Michigan State University
O tamanho é só um fator. Os pesquisadores descobriram que o tamanho
do cérebro varia enormemente -de umas 200 gramas para espécies de
cetáceos pequenos, como o golfinho do rio Ganges, a mais de 8 kg para os
cachalotes, cujos cérebros são os maiores do planeta. O cérebro humano,
ao contrário, varia entre 1 a 1,8 kg, enquanto o cérebro de um
chimpanzé pesa ao redor de 350 gramas. Quando se trata de inteligência,
no entanto, o tamanho do cérebro é menos importante que seu tamanho em
relação ao corpo.
Imagem: Internet
O que Marinho e seus colegas descobriram foi que o córtex cerebral e o neocórtex dos golfinhos são tão grandes que “as relações anatômicas responsáveis pela capacidade cognitiva colocam-nos no mínimo em segundo lugar após o cérebro humano”.
Também descobriram que o córtex cerebral dos golfinhos nariz de
garrafa, tem as mesmos dobras arrevesadas que estão fortemente
vinculadas com a inteligência humana. As dobras aumentam o volume do
córtex e a capacidade das células do cérebro para interconectar entre
si. “Apesar da evolução ao longo de uma trajetória neuroanatômica
diferente dos seres humanos, os cérebros dos cetáceos têm várias
características que se correlacionam com a inteligência complexa”, disse Marinho.
Imagem: Internet
Marinho e Reiss, exporão suas conclusões em uma conferência em San
Diego, Califórnia, no próximo mês, concluindo que as novas provas sobre a
inteligência dos golfinhos torna repugnante os maltratos a este animal.
Thomas White, professor de ética da Loyola Marymount University, na
Califórnia, quem escreveu uma série de estudos acadêmicos que sugerem
que os golfinhos têm direitos, falará na mesma conferência. “A pesquisa científica sugere que os golfinhos são pessoas não humanas que são qualificadas para o status moral de indivíduos”, disse White.
Fonte: Times Online
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